sexta-feira, 29 de maio de 2009

Aquecimento global mata 300 mil por ano


Francisco Homem

A conclusão é de um estudo do Global Humanitarian Forum que afirma ainda que 99% das mortes causadas por factores climáticos acontece em países pobres

Queimadas, cheias, ondas de calor extremo - todos os anos estes fenomenos se repetem e todos os anos a sua intensidade é maior.
São sintomas do aquecimento do planeta - uma realidade responsável pela morte de 300 mil pessoas anualmente.
O número já é assustador mas deve piorar e atingir o meio milhão em 2030. Pelo menos é o que diz Kofi Annan, o ex-Secretário-Geral das Nações Unidas, que agora lidera o Global
Humanitarian Forum, um grupo de reflexão que publicou o primeiro estudo abrangente sobre o impacto do aquecimento global nos seres humanos.
Atualmente os custos economicos do aquecimento da Terra já ultrapassam os 89 mil milhões de euros anuais - mais do que o conjunto das verbas destinadas a ajuda humanitária. Em 2030 calcula-se que os prejuízos ultrapassem os 430 mil milhões de euros.
Caso não haja um controle eficaz da emissão de gases poluentes, dentro de 25 anos haverá 310 milhões de pessoas sofrendo consequências de saúde relacionadas com o aumento da temperatura.
20 milhões vão cair em situações de pobreza e mais de 75 milhões de pessoas terão que deixar as zonas onde vivem.
Mas a grande novidade deste relatório é que compara, pela primeira vez, o efeito das mudanças climáticas em países ricos e pobres.
O retrato é eloquente: 97% das pessoas seriamente afetadas, 99% das mortes causadas por fatores climáticos e 90% das perdas economicas acontecem nos países em desenvolvimento, precisamente aqueles que menos meios têm para se proteger e que menos fizeram para causar o problema.

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