segunda-feira, 18 de maio de 2009

PRIVATIZAÇÃO DA SABESP

O assunto do dia na roda de amigos é a privatização da SABESP. Será verdade?

JOSÉ SERRA AUTORIZA SABESP A ENTRAR NO "NEGÓCIO BILIONÁRIO DO LIXO"

Vc sabia que o Governador Serra enviou em 2007!!! um projeto de lei complementar que autorizava a SABESP a entrar no "négócio bilionário do lixo" (sic Folha de S. Paulo de 17/03/2009)?

É a história foi a seguinte:

em março de 2007 - foi assinado um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), entre a
CETESB e a Prefeitura de Itapecerica (eu ignorava, só fiquei
sabendo em março de 2008)
em julho de 2007 - o governo estadual envia para análise e votação da Assembléia
Legislativa, o Projeto de Lei Complementar nº48/2007,
que permite a alteração dos estatutos da SABESP, (eu ignorava)
Em 30 novembro de 2007- a Prefeitura foi notificada pela Cetesb que estaria adotando,
entre outras, a providência de interdição do lixão de
Itapecerica da Serra
(eu ignorava, só fiquei sabendo em março de 2008).
Em dezembro de 2007 - o PLC48/2007 foi aprovado e sancionada a lei (eu ignorava)
Em 7 de março de 2008 - o Secretario do Meio Ambiente de SP, Francisco Graziano,
vistoriou o lixão e encontrou a mesma situação
Em 19 de abril de 2008 - Reunião da Ferradura "não ao lixão!". Início formal da nossa
campanha.
http://groups.google.com.br/group/ferraduradosmanacas
Em junho de 2008 - interdição pela CETESB de 4 lixões de uma só vez
Em julho de 2008 - a SABESP alterou seus estatutos. (eu ignorava)
Em janeiro de 2009 - O Prefeito eleito Presidente do Conisud anuncia que vai propor ao
Governo do Estado parceria para a retomada do lixão
Em fevereiro de 2009 - comentários sobre ensaios do Prefeito com Secretaria de
Governo para a entrega do lixão para a SABESP
Em 17 de março 2009 - o Governador do Estado autoriza protocolo de intenção entre a
SABESP e a Prefeitura de Itapecerica da Serra


O que é fantástico, é que vasculhei a internet para encontrar a notícia do envio do PLC48/2007 e nada!? Descobri esse projeto porque a SABESP em alguma página menciona a lei que lhe permitiu alterar os estatutos e fui ao site da AL, e lá encontrei o PLC48.
Desde de julho de 2007 até março de 2009 ninguém teve conhecimento desse fato tão importante, a menos dos deputados da AL que votaram o PLC48. Ninguém, nem a grande imprensa.
Porque tanto sigilo? Não deveria ser o contrário? Não se deveria dar farta publicidade do que estava para acontecer? É legal votar uma alteração nos objetivos de uma empresa de capital misto e do porte da SABESP, da qual o Estado detém o controle, sem que isso antes venha ao conhecimento da sociedade?
Pela cronologia dos acontecimentos que expus acima, o fechamento dos lixões já estava previsto e programado com larga antecedência. Ao mesmo tempo, os ambientalistas foram alijados dessa importante discussão cuja decisão, sem dúvida alguma, vai na contramão da história e do que o mundo espera.
O Estado de São Paulo já está atrasado em trinta anos na cultura da coleta seletiva e reciclagem.

Com a construção de novos aterros sanitários, que certamente terão vida útil de trinta anos, como declarou a própria SABESP, o Estado de São Paulo só vai se responsabilizar, de fato, pela coleta seletiva e reciclagem daqui a no mínimo trinta anos, ou mais. Não se pode esperar tanto tempo para que São Paulo e o planeta resolvam esse gravíssimo problema que até nem é de tão difícil solução.
A SABESP já lançou o concurso para admitir cerca de três mil funcionários para atender a esse objetivo novo. A grosso modo, eu diria que trinta mil novos recicladores cooperativados (portanto sem custo algum para o Estado) deixarão de entrar no mercado de reciclagem e milhares de outros perderão a oportunidade de fazer a coleta seletiva.


Porto Alegre no Rio Grande do Sul já tem 100%¨da capital fazendo coleta seletiva. Eles estão nesse processo há 28 anos. O Paraná avança a passos largos para zerar os aterros sanitários.

A Comunidade Européia já proibiu a construção de novos aterros. Nápoles, graças à generosidade temporária de Hamburgo, envia o seu lixo por trem a 1500km de distância, diariamente.
Eu não faço idéia do porque da imprensa não divulgar a tempo. Só foi dar a notícia em 17/03/09. E só a Folha mencionou a alteração dos estatutos. Toda a outra grande imprensa só fez divulgar o release promocional da SABESP.
E vc pode divulgar este email também. Pode colocar meu nome que eu assumo inteiramente a veracidade desses fatos.
Tomara que um bom número de pessoas tome conhecimento do que aconteceu e cresça a consciência sobre o que estão fazendo com nossas vidas.

um abraço

Read Aued Guirar

*Recebi por e-mail

SABESP CONSTRUIRÁ ATERRO SANITÁRIO AO LADO REPRESA DO MORRO GRANDE


Gesner Oliveira e o Governador de São Paulo, José Serra

A SABESP está estudando a possibilidade de construir um aterro sanitário encostado a Reserva do Morro Grande, do lado de Itapecerica da Serra. Ela tem trinta dias para apresentar os resultados desse estudo.
Um aterro sanitário nas nascentes do Rio Embu-Mirim que abastece a Guarapiranga.
E já assinou convênio com outros dois municípios para construir aterros sanitários.

O "slogan" da SABESP é "Respeito à vida".

Num tempo que urge a implantação da coleta seletiva e reciclagem, a SABESP vai construir aterros com vida útil de trinta anos. Quer dizer, coleta seletiva no Estado de São Paulo,
só daqui a trinta anos. Respeito à vida, propaganda enganosa.

Gesner Oliveir, seu presidente, é certamente o mentor desse "respeito". As alterações genéticas da vida no bioma, incluído o homem, ameaçam o equilíbrio ecológico e por consequência a
qualidade da Vida, irreversivelmente.

Já estamos trinta anos atrasados na coleta seletiva e reciclagem, e agora com mais
trinta serão sessenta.
Quantas gerações? Só pode ser coisa de quem não acredita em Deus. Ao invés de limpar o solo onde ele pisa, Gesner de Oliveira e José Serra vão gerar e espalhar podridão.
Não respeitam nem a própria vida.

Read Aued Guirar

*Comentário feito neste blog e publicado com a autorização do autor.

Carta escrita no ano 2070

ANO 2070

Acabo de completar 50 anos, mas a minha aparência é de alguém de 85.

Tenho sérios problemas remais poque bebo pouca água. Creio que me resta pouco tempo.

Hoje sou uma das pessoas mais idosas nesta sociedade.

Recordo quando tinha 5 anos. Tudo era muito diferente. Havia muitas árvores nos parques. As casas tinham bonitos jardins eu podia desfrutas de um banho de chuveiro por aproximadamente uma hora.

Agora usamos toalhas em azeite mineral para limpar a pele.
Antes, todas as mulheres mostravam as suas formosas cabeleiras. Agora, raspamos a cabeça para mantê-la limpa sem água.
Antes, meu pai lavava o carro com água que saía de uma mangueira.

Hoje os meninos não acreditam que utilizávamos a água dessa forma.

Recordo que havia muitos anúncios que diziam para CUIDAR DA ÁGUA, só que ninguém lhes dava atenção. Pensávamos que a água jamais poderia terminar.
Agora, todos os rios, barragens, lagoas e mantos aquíferos estão irreversivelmente contaminados ou esgotados.
Imensos desertos constituem a paisagem que nos rodeia por todos os lados.
As infecções gastrointestinais, enfermidades da pele e das vias urinárias são as principais causas de morte.

A indústria está paralisada e o desemprego é dramático. As fábricas dessalinizadoras são as principal fonte de emprego e pagam os empregados com a água potável em vez de salário.

Os assaltos por um litro de água são comuns nas ruas desertas.

A comida é 80% sintética.
Antes, a quantidade de água indicada como ideal para se beber era oito copos por dia, por pessoa adulta. Hoje só posso beber meio copo.

A roupa é descartável, o que aumenta grandemente a quantidade de lixo.

Tivemos que voltar a usar as fossas sépticas como no século passado porque a rede de esgoto não funciona mais por falta de água.

A aparência da população é horrorosa: corpos desfalecidos, enrrugados pela desidratação, cheios de chagas na pele pelos raios ultravioletas que já não têm a capa de ozônio que os filtrava na atmosfera.
Com o ressecamento da pele, uma jovem de 20 anos parece ter 40.
Os cientistas investigam, mas não há solução possível.

Não se pode fabricar água, o oxigênio também está degradado por falta de árvores, o que diminuiu o coeficiente intelectual das novas gerações.
Alterou-se a morfologia dos gametas de muito indivíduos.
Como consequência, há muitas crianças com insuficiências, mutações e deformações.

O governo até nos cobra pelo ar que respiramos: 137m3 por dia por habitante adulto.
Quem não pode pagar é retirado das "zonas ventiladas", que estão dotadas de gigantescos pulmões mecânicos que funcionam com energia solar.

Não são de boa qualidade, mas se pode respirar.

A idade média é de 35 anos.

Em alguns países restam manchas de vegetação com o seu respectivo rio que é fortemente vigiado pelo exército.
A água tornou-se um tesouro muito cobiçado, mais do que o ouro ou os diamantes.

Aqui não há árvores porque quase nunca chove. E quando chega a ocorrer uma preciptação, é de chuva ácida. As estações do ano foram severamente transformadas pelas provas atômicas e pela poluição das indústrias do século XX.

Advertiam que era preciso cuidar do meio ambiente, mas ninguém fez caso.

Quando minha filha me pede que lhe fale de quando era jovem, descrevo o quão bonito eram os bosques.
Falo da chuva e das flores, do agradável que era tomar banho e poder pescar nos rios e barragens, beber toda a água que quisesse. O quanto éramos saudáveis!

Ela pergunta-me:

-Papai! Por que a água acabou?

Então sinto um nó na garganta! Não posso deixar de me sentir culpado porque pertenço à geração que acabou de destruir o meio ambiente, sem prestar atenção a tantos avisos.

Agora nossos filhos pagam um alto preço...

Sinceramente, creio que a vida na Terra já não será possível dentro de muito pouco tempo porque a destruição do meio ambiente chegou a um ponto irreversível.

Como gostaria de voltar atrás e fazer com que toda a humanidade compreendesse isto......enquanto era possível fazer algo para salvar o nosso planeta Terra!


A ÁGUA ESTÁ COM SEDE DE ÁGUA.

Texto publicado na revista"Crónicas de los Tiempos", de Abril de 2002.
Fonte: e-mail