quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Clarão é visto em cidade do AM e desencadeia buscas na mata


PM recebeu ligações de moradores sobre possível queda de avião.FAB informou que não tem registro de sinistro de aeronave no local.
Um clarão foi visto por moradores da cidade de Boca do Acre (AM), por volta das 20h30 (horário local) desta terça-feira (18), e desencadeou um trabalho de buscas a possíveis destroços de uma aeronave. A Polícia Militar recebeu várias ligações informando sobre o rastro deixado por uma aeronave no céu da cidade amazonense, seguida de uma explosão e um clarão que durou cerca de uma hora.

A Força Aérea Brasileira (FAB) informou que o Salvaero de Manaus não registrou sinistro, perda e nem atraso de voos na região. De qualquer forma, a corporação está de sobreaviso e, em caso de confirmação de alguma ocorrência aérea no local, enviará o esquadrão de buscas de Campo Grande para o Amazonas. No momento, não há aviões da FAB na região.

Boca do Acre fica perto da fronteira da Bolívia com o Brasil e tem pouco mais de 30 mil habitantes, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O comando da Polícia Militar na cidade seguiu ao local, na manhã desta quarta-feira (19), em um barco, pelas águas dos rios Acre e Purus, na tentativa de descobrir o que teria provocado o clarão. O acesso ao local é bastante restrito por conta da vegetação fechada. De barco, são cerca de três a quatro horas de viagem.

Segundo a PM, moradores indicam que viram luzes e barulho de mortor semelhantes aos de uma aeronave.

Uma equipe da Defesa Civil da Prefeitura Municipal de Boca do Acre sobrevoa a região na tentativa de esclarecer o ocorrido. A Polícia Federal (PF) não recebeu informações sobre o caso.

A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) não tem registros de voo regular que estivesse naquela região no momento do clarão.

Segundo Cássia Mercedes, chefe de gabinete da Prefeitura de Boca do Acre, o aeroporto da cidade só funciona durante o dia por não ter equipamentos para receber pousos e decolagens noturnas. "Ainda assim, só recebemos aeronaves de pequeno porte. Se for confirmado que se trata de um acidente aéreo, deve ser uma aeronave pequena e clandestina."

Cássia informou ainda que estava ao volante de seu carro, quando o clarão teria surgido no céu da cidade. "Parecia um grande incêndio. O clarão durou cerca de uma hora e mobilizou a cidade inteira. As ruas ficaram cheias de pessoas que queriam saber o que tinha acontecido e o que era aquilo que tinha passado no céu."