sábado, 6 de setembro de 2008

'Capa da invisibilidade' poderia ser neutralizada


Depois que cientistas da Universidade da Califórnia, em Berkeley (EUA), anunciaram que estão mais perto de criar a 'capa da invisibilidade', através de materiais desenvolvidos com a capacidade de desviar a luz, pesquisadores da Universidade de Shanghai Jiao Tong , na China, afirmaram que - em teoria - já teriam condições de reverter esse efeito com uma 'anticapa da invisibilidade'.
Segundo informações publicadas pelo site Science Daily, os cientistas chineses afirmam que a sua anticapa da invisibilidade seria criada com um material capaz de 'trazer a luz de volta' ao objeto coberto por ela, fazendo com que ele voltasse a ser visível.
A pesquisa dos cientistas americanos que anunciava a capa da invisibilidade foi publicada pela BBC no mês passado. Segundo a agência, os materiais desenvolvidos por estes cientistas - chamados de meta-materiais - têm propriedades que fazem a luz 'se dobrar' de forma não natural.
Bastaria cobrir um objeto com uma capa feita por estes meta-materiais, que o objeto pararia de absorver e refletir a luz. No lugar disso, a luz desviaria dele e iluminaria o que estivesse atrás, tornando-o assim invisível.
De acordo com o Science Daily, o material da anticapa dos cientistas chineses teria propriedades ópticas que corresponderiam de uma forma 'perfeitamente oposta' às propriedades dos meta-materiais criados pelos americanos. Este material chinês receberia a luz desviada pela capa da invisibilidade e a 'guiaria de volta', tornando o objeto visível novamente.
Mas não é apenas para neutralizar os efeitos da capa da invisibilidade que o material chinês seria usado.
Segundo os pesquisadores da China, a capa da invisibilidade tem um problema: não permite que uma pessoa coberta por ela veja o que está do lado de fora. Para quem estivesse dentro, a capa faria 'desaparecer' também tudo o que estivesse fora dela.
A anticapa da invisibilidade resolveria o problema. Se o material fosse adicionado à camada interna da capa da invisibilidade, a pessoa coberta por ela poderia ver sem ser vista, criando o disfarce ideal.

Fonte:http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI3161360-EI8146,00-Capa+da+invisibilidade+poderia+ser+neutralizada.html

Parques naturais são criados na Suíça

A Secretaria Federal de Meio Ambiente dá luz verde para a criação de nove parques naturais de importância nacional na Suíça. Por trás da nova denominação, o governo quer promover não apenas a proteção da natureza, mas também o desenvolvimento econômico e sustentado das regiões envolvidas.

Todos os projetos entregues em janeiro de 2008 foram considerados "positivos" pela Secretaria do Meio Ambiente (Ofev, na silga em francês). Ela também avaliou se a natureza e a paisagem das regiões correspondem aos critérios necessários, se o projeto está integrado à região e se este é realizável no todo.
Assim poderiam ser criados em breve oito novos parque regionais naturais, assim como um novo parque natural de vivência. Por enquanto, trata-se ainda de uma idéia para o futuro, pois a denominação "parque" ainda não foi definitivamente criada, como explica Bruno Oberle, diretor do órgão. Apenas as candidaturas foram aceitas, o que permite aos iniciadores dos projetos começar o seu planejamento.
O trabalho deve durar alguns anos, sobretudo pela necessidade de se atender às rígidas leis. Um parque natural de importância nacional deve garantir não apenas a proteção da paisagem e da natureza, mas também do desenvolvimento econômico sustentado destas. Isso também obriga atender critérios pedagógicos ambientais.
Estes critérios foram cumpridos apenas pela biosfera "Unesco" em Entlebuch, localizada no cantão de Lucerna (centro da Suíça), que em julho passado recebeu a denominação "parque natural regional". Trata-se da primeira deste tipo na Suíça, fora o Parque Nacional Suíço criado em 1914 no cantão dos Grisões (leste da Suíça).

Impulso ao turismo
Desde que a nova Lei de proteção à natureza e à pátria de 1° de dezembro de 2007 entrou em vigor, vários projetos de parques naturais de importância nacional surgiram, apesar de ainda ser muito vaga a sua utilidade econômica ou turística.
"Em primeira linha, os habitantes das regiões envolvidas nos projetos de parque precisam estar de acordo", ressalta Oberle. "Existem cidades, universidades, grandes bancos ou multinacionais como trunfo na manga. Outras regiões se destacam, pelo contrário, mais pela beleza da sua paisagem e pela elevada qualidade de vida".
Com o novo "selo" de parques, essas regiões ganham um bom instrumento para colocar em prova seu caráter único e aproveitam melhor as suas potencialidades econômicas.
Se aceitas, elas recebem apoio financeiro do governo federal: entre 280 mil e 1,42 milhão de francos por projeto de parque. No total, estão previstos 7,4 milhões de francos dos cofres públicos para esse projetos. Alguns cantões consideram essa contribuição muito reduzida.
Os projetos de parque já podem receber na sua fase de preparação o título "candidato". Isso possibilita ações de marketing na área de turismo ecológico, assim como participação no produto "Viagens ecológicas", que a Suíça Turismo, órgão oficial de turismo do país, pretende lançar no ano que vem.

Objetivos ambiciosos
Parques naturais são associados geralmente com reservas. Porém, esse termo foi expandido nos últimos anos. Além da proteção à natureza e da paisagem natural, hoje um parque natural também tem objetivos "econômicos".
"Estou convencido de que não existe uma contradição entre economia e proteção à natureza", afirma Oberle. "Ao contrário, uma utilização racional, lógica e econômica dos nossos recursos naturais é a condição necessária para o desenvolvimento sustentado de uma região."
Esse otimismo não é compartilhado necessariamente pelas ONGs. "Em algumas das dez candidaturas apresentadas percebemos que os aspectos econômicos são muito mais importantes do que a proteção da natureza", lamenta Otto Sieber, secretário-geral da Pro Natura. "Precisamos estar alertas nos próximos anos, sobretudo para assegurar que as exigências legais sejam cumpridas."
Com os novos projetos de parques, o Parque Nacional da Suíça e a biosfera de Entlebuch, cerca de sete por cento do território helvético já são áreas de proteção. Isso corresponde a duas vezes o território do cantão da Argóvia.
E o território protegido continuará a crescer. Até nove de agosto de 2009, novos pedidos de criação de parques naturais podem ser entregues à Secretaria do Meio Ambiente. Espera-se, sobretudo, a candidatura dos cantões latinos, como o Ticino – com o Parque Nacional Locarnese – assim como os Grisões – Parque Nacional de Adula.

Fonte:http://www.swissinfo.ch/por/capa/Parques_naturais_sao_criados_na_Suica.html?siteSect=105&sid=9651707&cKey=1220621984000&ty=st