terça-feira, 7 de julho de 2009

Investigadores americanos dizem ter descoberto a Atlântida


Ná Ozzetti - Atlântida


Uma expedição de cientistas norte-americanos alega ter encontrado a cidade perdida de Atlantida, no mar Mediterrâneo, na costa sul do Chipre. Os investigadores detectaram uma estrutura que parece ter sido construída pelo homem.

As referências do filósofo grego Platão sobre a mítica cidade perdida, Atlântida, alimentou durante séculos o imaginário de exploradores e aventureiros. Descrita nos seus diálogos de Timaeous e Critias, teria existido um antigo continente perdido, a Atlântida, supostamente desaparecido devido a um maremoto ou terramoto. Ainda assim, várias correntes descrevem a origem da Atlântida, como uma ilha que teria existido sobre a Dorsal Atlântica. Alguns arqueólogos e cientistas são da opinião que a sua existência poderia também ter sido pura mistificação da cultura dos povos minóicos, originários da ilha de Creta.Agora, uma equipa de cientistas norte-americanos alega ter descoberto a cidade perdida no mar Mediterrâneo, perto do Chipre.

Robert Sarmast, o líder da expedição "Cyprus Atlantis 2004", parece não ter grandes dúvidas em afirmar que podemos estar muito perto de descobrir a cidade perdida descrita por Platão. Aliás, numa conferência de imprensa a bordo do navio "Flying Enterprise", Sarmast disse ter «encontrado 60 a 70 pontos que correspondem, na perfeição, à descrição detalhada de Platão sobre a encosta da Acrópole de Atlântida . Dois anos e meio depois de estudar a região, aquele investigador está convicto de que o monte submerso encontrado no Mediterrâneo «se não é a Acrópole que Platão enunciou, então só pode ser uma das maiores coincidências do mundo» , afirmou.

Recorrendo aos resultados das expedições russa e francesa e respectivos scanners realizados a Este do mar Mediterrâneo, a missão "Cyprus Atlantis 2004" partiu para estas últimas investigações com equipamentos mais sofisticados, utilizando sonares que percorreram as 50 milhas, a sudeste do Chipre. A partir desta tecnologia foi revelada uma grande parede feita pelo próprio homem, a mais de 1600 pés de profundidade. Robert Sarmast considerou que, de acordo com os testes científicos efectuados, esta estrutura teria estado acima do nível do mar.
«Até ao momento ainda não é possível apresentar uma prova tangível da forma dos tijolos e os artefactos que, muito provavelmente, estão soterrados sob vários metros de sedimentos, a uma profundidade de mais de 1.500 pés» , concluiu. Mas, adiantou à Associated Press (AP), «esta evidência é irrefutável».

Interpelado sobre a possibilidade de estas ruínas serem de uma cidade antiga submersa pelas ondas, Sarmast foi peremptório: «se compararmos com as descrições de Platão, ficaremos assombrados» , acrescentou à AP. É que, segundo aquele cientista, a descrição corresponde de tal forma à estrutura encontrada que tem de ser a cidade perdida.

Ainda assim, apesar destas provas que, segundo a equipa norte-americana, são irrefutáveis, o arqueólogo cipriota Pavlos Flourentzos mostrou-se céptico sobre a alegada descoberta e declarou à AP; «São necessárias mais provas».

Ao jornal "The Scotsman", Sofronis Sofroniou, professor de filosofia grega no Chipre, considerou a possibilidade de se ter encontrado a cidade perdida de Atlântida como algo veradeiramente incrível, já que «é impossível que, ao longo dos tempos, ninguém tivesse associado o Chipre a Atlântida. (...) a minha intuição diz-me que não existe nada ali, mas há factos fantásticos que acabam por ser verdade» , respondeu.

O futuro dirá quem está certo ou errado. Para já, os peritos terão a oportunidade de testar a informação de Sarmast, processada ao pormenor em inúmeras imagens e modelos em três dimensões.A mesma expedição "Cyprus Atlantis 2004" deverá regressar ao local para 'limpar' parte dos sedimentos depositados ao longo de milhares de anos, numa tentativa de recolha de qualquer prova física que possa corroborar a teoria daqueles cientistas americanos. Até lá, Atlântida continua submersa em mistério até que alguém prove a sua real existência física.

Fonte:http://ciberia.aeiou.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=id.stories/691