
Fonte:http://minhanoticia.ig.com.br/editoria/Cidades/2009/03/09/sao+paulo+tera+nova+edicao+da+pedalada+pelada+dia+14+4588923.html
Energia do perdão
O perdão é uma linha tênue que existe entre dois extremos: a vontade de se vingar e a arte de superar-se. A superação torna você um vencedor na virtude. O Pai-Nosso, a oração mais proferida todos os dias, diz: "perdoai as nossas ofensas, assim como perdoamos aqueles que nos tem ofendido".
O perdão beneficia mais a nós mesmos do que ao outro que nos ofendeu. Ou seja, é um processo mais interno do que externo; é compreender que você é responsável por sua percepção e aceitação da vida.
Quando perdoamos, não significa que estamos "deixando pra lá" o que ocorreu; a principal lição que aprendemos é que não cometeremos o mesmo erro com o "nosso próximo".
O primeiro passo é decidir quando perdoar. Sei que não é fácil, pois significa aceitar o comportamento abusivo do outro. Mas, evite colocar-se no papel de vítima. Perdoar faz com que a vida mude para melhor; simboliza libertar-se; "morrer" para uma determinada situação e "renascer" para outra. É retirar do dia-a-dia um sentimento ruim e acreditar que a felicidade existe.
A raiva é o veneno e o perdão o antídoto. Quem se perde na raiva, na vergonha ou na culpa, torna-se um prisioneiro desvitalizado.
Guardar ressentimentos significa que você é incapaz de superar o que aconteceu. Quando alguém diz: "não vou perdoar", implica na ilusão de crer que é perfeito e poderoso, denotando a falta de solidariedade. Perdoar é aprender a amar e também aceitar os defeitos dos outros.
Oração do perdão
Com todo o poder da presença de Deus e do raio do amor eterno. Eu perdôo, perdôo, perdôo, a cada pessoa, lugar, condição ou coisa que me tenha feito mal, de qualquer modo, em qualquer momento, por qualquer razão, e agora envolvo em amor todas as dívidas a mim devidas pela vida.
Eu invoco a lei do perdão para mim mesmo e para toda a humanidade pelo mau uso da energia sagrada de Deus. Perdoe-me!
E à medida que somos perdoados enviamos uma dádiva de amor para equilibrar todas as dívidas à vida que alguma vez tenhamos contraído e que ainda estejam sem pagar.
Nós somos gratos pela lei do perdão que nos permite amar a vida livre da roda do mau karma antes que ele possa manifestar-se ou ser sustentado por mais tempo. Nós aceitamos isto no mais do que nos é sagrado. Amém.
Monica Buonfiglio
Robert F. Worth
Sofia, uma francesa de 34 anos, se mudou para Dubai um ano atrás e aceitou um emprego em publicidade. Ela confiava tanto em que a economia de Dubai continuaria a crescer rapidamente que adquiriu um apartamento por quase US$ 300 mil, com uma hipoteca de 15 anos. Agora, como muitos dos trabalhadores estrangeiros que compõem cerca de 90% da população do Dubai, ela foi demitida e enfrenta a perspectiva de se ver forçada a deixar a cidade no Golfo Pérsico - ou ainda pior. "Estou muito assustada com o que pode acontecer, porque comprei um imóvel aqui", diz Sofia, que pediu que seu sobrenome não fosse informado porque ela está procurando emprego. "Se não puder pagar as prestações, me disseram que posso ser presa por dívidas". Com a economia do Dubai em queda livre, os jornais informam que existem mais de 3 mil automóveis abandonados no estacionamento do aeroporto, deixados por estrangeiros endividados que fugiram do país (e podem de fato terminar na cadeia caso não paguem suas contas). Diz-se que dentro de alguns dos carros foram encontradas faturas de cartões de crédito com os limites estourados, e pedidos de desculpa colados aos para-brisas. O governo diz que o número real de fugitivos é muito inferior. Mas a história contém pelo menos uma dose de verdade. As pessoas que perdem o emprego em Dubai também perdem seu visto de trabalho e precisam sair do país em prazo de um mês. Isso gera queda no consumo, deprime o mercado de habitação e reduz os preços dos imóveis, o que resulta em uma espiral de baixa que deixou certas porções de Dubai - até recentemente vista como superpotência econômica do Oriente Médio - com cara de cidade fantasma. Ninguém sabe até que ponto vão os problemas, ainda que seja claro que dezenas de milhares de pessoas deixaram o país, os preços dos imóveis despencaram e dezenas de grandes projetos de construção em Dubai foram suspensos ou cancelados. Mas com o governo resistindo a fornecer dados, é inevitável que surjam boatos, o que prejudica a confiança e abala ainda mais a economia. Em lugar de avançar na direção de uma maior transparência, os Emirados Árabes Unidos parecem estar caminhando em sentido oposto. Um anteprojeto de lei de mídia que está em debate tornaria crime prejudicar a reputação ou economia do país, e a pena é de multa de até um milhão de dirhams (US$ 272 mil). Há quem diga que isso já está exercendo efeito negativo quanto ao trabalho de reportagem sobre a crise. No mês passado, jornais locais informaram que Dubai estava revogando 1,5 mil vistos ao dia, de acordo com fontes não identificadas no governo. Perguntado sobre esse número, Humaid bin Dimas, porta-voz do Ministério do Trabalho de Dubai, disse que não o confirmaria ou negaria, e se recusou a fazer outros comentários. Há quem diga que número real é muito mais elevado. "No momento, todos parecem prontos a acreditar no pior", diz Simon Williams, economista chefe do HSBC em Dubai. "E os limites à divulgação de dados tornam difícil rebater os boatos". Alguns indicadores são claros. Os preços dos imóveis, que subiram dramaticamente durante os seis anos de boom em Dubai, caíram 30% ou mais nos últimos dois ou três meses, em certas áreas da cidade. Na semana passada, a agência de classificação de crédito Moody's Investor's Service anunciou que poderia rebaixar sua classificação para seis das mais importantes empresas estatais de Dubai, mencionando uma deterioração nas perspectivas econômicas. Há tantos carros de luxo usados à venda que eles têm sido negociados por preços 40% inferiores aos praticados dois meses atrás, dizem comerciantes de automóveis. As estradas de Dubai, em geral repletas de tráfego nessa época do ano, agora estão quase vazias. Alguns analistas dizem que a crise deve ter consequências duradouras para os Emirados Árabes Unidos, uma federação de sete emirados na qual Dubai vem sendo o irmão caçula rebelde de Abu Dhabi, mais conservador e rico em petróleo. O governo de Dubai engoliu o orgulho e deixou claro que aceitaria um resgate, mas Abu Dhabi até agora só ofereceu assistência aos bancos locais. "Por que Abu Dhabi está permitindo que a reputação internacional do vizinho seja destruída quando poderia resgatar os bancos de Dubai e restaurar a confiança?", pergunta Christopher Davidson, que previu a atual crise em Dubai em um livro publicado no ano passado. "Talvez o plano seja centralizar os emirados" sob o controle de Abu Dhabi, ele especulou, o que reduziria fortemente a independência de Dubai e poderia mudar seu estilo mais aberto. Para muitos estrangeiros, Dubai parecia um refúgio, inicialmente, relativamente isolada contra o pânico que começou a varrer o mundo no ano passado. O Golfo Pérsico está protegido por suas vasta riqueza petroleira, e pessoas que perderam empregos em Nova York e Londres começaram a se candidatar a postos aqui. Mas Dubai, ao contrário dos vizinhos Abu Dhabi e Arábia Saudita, não tem petróleo, e construiu sua reputação com os imóveis, finanças e turismo. Agora, muitos expatriados consideram que tudo foi uma trapaça. Rumores exagerados se espalham com facilidade. O Palm Jumeira, um complexo imobiliário construído em uma ilha artificial, estaria afundando, e diz-se que só baratas saem das torneiras dos hotéis lá construídos. "As coisas vão melhorar? Dizem que sim, mas não sei mais em que acreditar", diz Sofia, que ainda espera encontrar emprego antes que seu tempo se esgote. "As pessoas estão entrando em pânico rapidamente" .
Tradução: Paulo Migliacci
Fonte: e-mail
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