segunda-feira, 23 de março de 2009

SABESP e a limpeza do lixo em Cotia

Crianças, nunca façam isso!

Comenta-se aqui em Cotia que a SABESP empresa estatal (leia-se: PSDB, José Serra e eleições) estará diversificando sua atuação. Agora será a empresa responsável pela coleta de lixo desta cidade. Até aqui tudo bem, mas...a SABESP é responsável pela Represa Pedro Beitch. Essa represa fica na Reserva Florestal do Morro Grande

RESERVA FLORRESTAL DO MORRO GRANDE

Com 108 quilômetros quadrados de área a reserva ocupa cerca de 33% do território da cidade. Em 1994, foi declarada pela ONU - Organização das Nações Unidas, como área núcleo da Reserva da Biosfera – título concedido mundialmente a conjuntos de áreas preservadas em torno de grandes metrópoles. Antes, o Morro Grande havia sido tombado pela UNESCO e considerado Patrimônio da Humanidade, título concedido a monumentos como as Pirâmides do Egito ou Ouro Preto, em Minas Gerais.

A REPRESA

Foto - Sonia Marques
Além do Rio Cotia, que nasce hoje ‘no pé’ da represa, fazem limites com a Pedro Beicht, os rios Sorocamirim, São Lourenço e a Represa do Guarapiranga. A captação de água para tratamento é feita na represa da Graça, conhecida como ‘Barraginha’. De lá segue para a Estação que trata mais 1000 litros por segundo e abastece 380 mil habitantes de 5 municípios. Essa represa abriga 4 mil nascentes. São quase 15 bilhões de metros cúbicos da mais pura água de todo o Estado de São Paulo. Um privilégio por ter todas as nascentes dentro da própria reserva livre de poluição. Segundo a Sabesp, 200 alqueires da mata foi replantada e esta foi uma técnica utilizada pelo engenheiro americano Pedro Beicht para proteger a própria barragem. Raízes de árvores nativas poderiam infiltrar sob a construção e comprometer a estrutura. Por isso, a solução de plantar uma grande área de pinus em volta, árvores que desenvolvem raiz pinhão, vertical e, ao mesmo, devido a altura, podem conter o vento e impedir a formação de ondas.
Foto- Claudio Damas

À margem de uma represa tão privilegiada, é possível ver o rastro humano. É fácil encontrar lixo abandonado, pouco é verdade, mas pode-se perceber latinhas de cerveja, copos de iogurte, sacos plástico jogados, etc...
Perigo a vista
A Reserva é cortada por uma estrada de ferro que liga o Porto de Santos a Mato Grosso, cortando o estado de São Paulo e por onde trafega praticamente a produção nacional para exportação, administrada pela América Latina Logística - ALL, e representa diariamente o perigo de um grande acidente ambiental. O secretário de Meio Ambiente, Laércio Camargo, disse que não há controle sobre as cargas transportadas. Um acidente, dependendo do tipo de produto químico pode contaminar para sempre a represa. Moradores do entorno reserva, na região de Caucaia do Alto, afirmam que constantemente encontram óleo e enxofre derramados nos trilhos da estrada de ferro. Devido a necessidade das locomotivas, somente o óleo diesel contido nos tanques das máquinas é suficiente para contaminar toda a represa em caso de acidente, alerta um ambientalista.

Outro problema é a morte de animais, que muitas vezes ficam sobre os trilhos atrás dos grãos que caem dos vagões e são atropelados pelos trens. A Fauna sendo dizimada.
*Penso que a Sabesp está negligenciando o maior bem existente nesta cidade.
Pra mim a água é ouro líquido e sabemos que no futuro ela será rara.
Segundo moradores do Morro Grande, a represa não possui vigias ou guardas florestais.
Dª. SABESP, primeiro cuide do que lhe cabe cuidar e limpe o que lhe cabe limpar, para depois querer limpar uma cidade.

2 comentários:

Read Aued Guirar disse...

Pois é. Agora a SABESP está estudando a possibilidade de construir um aterro sanitário encostado a Reserva do Morro Grande, do lado de Itapecerica da Serra. Ela tem trinta dias para apresentar os resultados desse estudo. Um aterro sanitário nas nascentes do Rio Embu-Mirim que abastece a Guarapiranga. E já assinou convênio com outros dois municípios para construir aterros sanitários. O "slogan" da SABESP é "Respeito à vida". Num tempo que urge a implantação da coleta seletiva e reciclagem, a SABESP vai construir aterros com vida útil de trinta anos. Quer dizer, coleta seletiva no Estado de São Paulo, só daqui a trinta anos. Respeito à vida, propaganda enganosa. Gesner Oliveira, seu presidente, é certamente o mentor desse "respeito". As alterações genéticas da vida no bioma, incluído o homem, ameaçam o equilíbrio ecológico e por consequência a qualidade da Vida, irreversivelmente. Já estamos trinta anos atrasados na coleta seletiva e reciclagem, e agora com mais trinta serão sessenta. Quantas gerações? Só pode ser coisa de quem não acredita em Deus. Ao invés de limpar o solo onde Ele pisa, Gesner de Oliveira e José Serra vão gerar e espalhar podridão. Não respeitam nem a própria vida.

Salete Lemos disse...

Read Aued Guirar
Gostei muito do seu comentário.
Gostaria de saber se posso publicá-lo no blog.Com o devido crédito, caso vc queira.
Só que além desse assunto, em relação à reserva do Morro Grande, fiquei sabendo que o Secretário do Meio Ambiente daqui de Cotia, pretende implantar "turismo ecológico" na própria reserva!!!
Sinto-me só para enfrentar essa gente que detem o poder nas mãos. E pasme!!! O referido secretário é nascido no próprio bairro do Morro Grande.
Pediria um favor: entre em contato comigo nos e-mails que constam no blog.
Fico agradecida pelo seu comentário e grata por fazer essa visita aqui.