quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Sítios arqueológicos da Amazônia são indicados à Unesco

Entre Presidente Médici e Pimenta Bueno há um imensurável patrimônio arqueológico./SGB


Região que se candidata a Patrimônio Cultural da Humanidade teria sido palco de dispersão dos povos tupi.

PORTO VELHO, RO – Por indicação da Superintendência Regional do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), sítios arqueológicos de Presidente Médici, a 585 quilômetros de Porto Velho, foram aceitos na Lista Indicativa Brasileira de bens culturais passíveis de serem reconhecidos como Patrimônio Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
Presidente Médici situa-se na região central do estado. Lá, o Iphan firmou parceria com a prefeitura e inaugurou um Centro de Arqueologia para receber os achados arqueológicos da região. Segundo o superintendente, Beto Bertagna, a indicação veio num bom momento: “Pela sua expressão, o patrimônio arqueológico de Rondônia ganha importância para a comunidade científica e a população”, ele destacou.RiquezaPresidente Médici tem uma grande beleza cênica e uma alta densidade de sítios lito-cerâmicos e de grafismos rupestres bastante diversificados advindos de contatos inter-étnicos. “A região foi densamente ocupada e possivelmente utilizada como refúgio e trânsito entre diferentes ambientes, o que permite teorias que a apontam como o centro de dispersão dos povos tupi que itineravam por todo o País”, observou Bertagna.
Em 1972, a Unesco estabeleceu a Convenção do Patrimônio Mundial para incentivar a preservação de bens culturais e naturais considerados significativos para a humanidade. Essa Convenção enseja que estes bens tenham um valor universal e um interesse excepcional que justifique que toda a humanidade se empenhe em sua preservação, enquanto testemunhos únicos da diversidade da criação humana.
Sua construção e implementação resultam de um esforço internacional na valorização de bens, que por sua importância para a referência e identidade das nações, possam ser considerados patrimônio de todos os povos.
As informações sobre cada candidatura são avaliadas por organismos técnicos consultivos, segundo a natureza do bem em questão, e a aprovação final é feita anualmente pelo Comitê do Patrimônio Mundial, integrado por representantes de 21 países, entre eles o Brasil. O Presidente do Iphan, Luiz Fernando de Almeida é o representante legal com direito a voz e votos.


Novo geoglifo chama-se Bimbarra e tem vários círculos em volta. Será uma atração turística.

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