segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Coceira: incômodo ou alerta

A irritante, e às vezes irresistível, a vontade de coçar, é reavaliada; hoje, especialistas sabem que tem forte componente psíquico e está relacionada aos mesmos circuitos neurais da dor

Pensar em coceiras, ver pessoas se coçando, imagens de percevejos, pulgas e piolhos costumam provocar uma irresistível vontade de esfregar a própria pele. Mas a coceira – “prurido” para os médicos – é mais do que um incômodo ocasional. A sensação, resultante da irritação das células na epiderme, é uma útil advertência à presença de insetos ou outros elementos estranhos. O coçar é, muitas vezes, um método eficaz e simples de lidar com isso. A coceira é também o principal sintoma de muitas doenças dermatológicas e surge em certas condições sistêmicas, como doença renal crônica, cirrose e alguns tipos de câncer.Se uma leve arranhada na pele é prazerosa, o constante coçar pode se tornar uma agonia, caso as condições subjacentes não sejam tratadas. Segundo estimativas, 8% a 10% da população mundial sofre de coceira crônica, sendo o problema que mais solicita os dermatologistas. As fontes da sensação, porém, são misteriosas e ainda pouco compreendidas.Por muito tempo relegada como se fosse uma forma menor de dor, a coceira está sendo reavaliada pelos médicos em razão de sua complexidade e importância, já que tantas pessoas sofrem com o problema. Além das causas físicas, como alergias e condição da pele, a fonte desse formigamento irritante tem forte componente emocional. Cientistas investigam as bases do fenômeno com a tecnologia de imageamento e outros meios, atingindo o nível molecular.

por Uwe Gieler e Bertram Walter

Fonte:http://www2.uol.com.br/vivermente/artigos/coceira_incomodo_ou_alerta.html

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