sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Aeroporto em Cotia está descartado

Logo após a tragédia com o vôo 3054 no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, em 17 de julho do ano passado, quando o Airbus-A320 da companhia TAM não conseguiu desacelerar na aterrissagem e bateu em um prédio da própria empresa, explodindo e matando 199 pessoas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou que um terceiro aeroporto seria construído no Estado para descentralizar o grande movimento do já saturado terminal paulistano e do aeroporto Internacional de Guarulhos.
A nova estrutura seria construída, possivelmente, na região da Grande São Paulo. Cotia estava entre as cidades cotadas para a instalação deste aeroporto e até se falou em revitalizar um antigo projeto elaborado no final dos anos 70. Na época, a idéia gerou muita discussão e polêmica na cidade entre o grupo dos contra, liderado por ambientalistas e dos favoráveis. O prefeito Quinzinho Pedroso, ao se pronunciar contra a obra na cidade disse que estaria disposto ir à Justiça para impedir a construção do aeroporto, cujo local seria nas proximidades da Reserva do Morro Grande.
Pouco mais de um ano depois, com diversos anúncios de investimentos feitos e até uma CPI no Congresso criada para investigar as causas do acidente e as possíveis alternativas futuras para desafogar a atual malha aeroviária brasileira, o Governo Federal colocou um ponto final nessa discussão. Nada de novo empreendimento; a alternativa para os próximos 20 anos será o Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas.
Segundo a Assessoria de Comunicação do Ministério da Defesa, que enviou uma nota para a Agência Anhangüera de Notícias (AAN) esta semana, o aeroporto campineiro é considerado o mais adequado para proporcionar o crescimento do setor no Brasil e atender de forma eficaz o aumento da demanda de passageiros e aeronaves a médio prazo. Conforme apontam representantes da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero), esse período seria de pelo menos duas décadas. A construção da segunda pista de pousos e decolagens, ação que simboliza de fato a elevação da importância de Viracopos no cenário nacional, está prevista, segundo o Ministério da Defesa, para começar em setembro do próximo ano.
Os números de um levantamento da própria estatal apontam que esse crescimento já é uma realidade. Em relação ao mês de junho, por exemplo, um comparativo mostra que os pousos e decolagens no local subiram de 2.474 em 2007 para 2.896 este ano. Uma variação positiva de 14,5% que demonstra claramente a progressão do aeroporto. Como base nesse crescimento, Viracopos possui um planejamento que já prevê sua expansão a médio e longo prazo. O seu novo Plano Diretor está dividido em três fases. A primeira está prevista para começar este ano com a desapropriação das áreas do entorno do aeroporto, onde será construída a segunda pista de pousos e decolagens. Uma ampliação do sistema de terminal de passageiros também já foi realizada com o objetivo de atender a demanda dos próximos anos e o trabalho deverá continuar. A previsão, segundo a Infraero, é de que o aeroporto esteja preparado para receber até 9 milhões de passageiros por ano a partir de 2015.
A segunda fase do projeto promete ter como destaque a construção de hangares para realizar a manutenção de aeronaves e a implantação do sistema de concourse (acessos subterrâneos para as salas de embarque que atenderão, principalmente, passageiros em conexão) para os tráfegos doméstico e internacional. Nessa etapa, estima-se que a movimentação seja de cerca de 25 milhões passageiros por ano em Viracopos, 1,8 milhão de toneladas de cargas em circulação e aproximadamente 266 mil aeronaves pousando e decolando no mesmo período. A conclusão dessa etapa está prevista para 2020.
A terceira e última fase da expansão que promete fazer de Viracopos um dos mais modernos e estruturados aeroportos da América Latina contará com a implantação de uma terceira pista de pouso, uma pista de rolamento paralela à principal e a criação de um segundo concourse, que deverá atender completamente as conexões dos vôos nacionais e parte dos internacionais. A ampliação das instalações de apoio também estão previstas. Em 2025, projeta-se um movimento de 62 milhões de passageiros por ano no aeroporto, cerca de 590 mil aeronaves e 3,4 milhões de toneladas de cargas.
Fonte:http://www.cotiatododia.com.br/ed_cidade/cotia-aeroporto-descartado.html

2 comentários:

Sergio Bianchi disse...

uqxtzNão sei ao certo se devo dar parabéns... No Brasil tudo é muito confuso, mas que vcs se livram de um "micão", isso é verdade!... Agora, me fala uma coisa: Será que não rolou o aeroporto pq a proposta só chegou a 10% de propina?... Afinal, quem tem um apelido de "Quinzão", deixa margem para um monte de gozações.
Beijocas!

Anônimo disse...

Cotia é uma ilha seca de corupção!!! Aqui nad amuda e todos que se beneficiam deste marasmo como forma de esconder suas maracutais sendo contrários a qualquer mudança. Inclusive o sr Quizinho Pedroso...

Aqui não se asfaltam as ruas, não se abrem novas avenidas, não se tem nem um plano direto definido...

É um caos onde os porcos comem sua lavagem de propinas embaixo da lama da corupção!!!