domingo, 13 de julho de 2008

Ex-policiais da ditadura argentina são condenados à prisão perpétua

Dois ex-chefes da Polícia Federal argentina foram condenados nesta sexta-feira à prisão perpétua pelo fuzilamento de 30 pessoas durante a ditadura militar (1976-83), no caso conhecido como o Massacre de Fátima, segundo uma fonte judicial.
Os ex-comissários Carlos Enrique Gallone e Juan Carlos Lapuyole cumprirão pena de prisão perpétua, mas o ex-oficial Miguel Timarchi foi absolvido, informou uma fonte judicial.
O Massacre de Fátima ocorreu em agosto de 1976, na localidade de mesmo nome, na região de Buenos Aires.
Gallone, que alegou inocência, ficou conhecido em 1983 ao aparecer em uma foto abraçando uma Mãe da Praça de Maio, em uma imagem que ganhou o Prêmio Rei de Espanha de Jornalismo.
Durante o julgamento, ficou apurado que presos da ditadura foram dopados e levados para um local descampado, onde foram executados e tiveram os corpos dinamitados.
Os juízes decretaram que não houve prescrição por se tratar de "crimes de lesa-humanidade".
A condenação foi recebida com aplausos por militantes dos direitos humanos.
As vítimas estavam presas em um centro clandestino de detenção que funcionava na sede da Polícia Federal, no centro de Buenos Aires.
Os organismos de direitos humanos estimam que 30 mil pessoas desapareceram durante o último regime militar.

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