quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

EUA: exército usa fliperama de US$ 13 mi para atrair jovens

Em meio às compras empreendidas para aproveitar as promoções finais da temporada de festas, as vozes no simulador do helicóptero Black Hawk soavam ainda mais urgentes que o burburinho natalino.
"Inimigo à direita! Inimigo à direita!"
Gatilhos foram disparados. Pixels explodiram. As compras podiam esperar.
No shopping center Franklin Mills, na Filadélfia, logo adiante do outlet da Gap e do China Buddha Express, existe um fliperama de US$ 13 milhões que o exército dos Estados Unidos espera se torne modelo de recrutamento em áreas urbanas, nas quais as forças armadas tipicamente enfrentam dificuldades para atrair recrutas.
O Army Experience Center é uma contrapartida perfeita para a experiência do varejo: cerca de 1,3 mil metros quadrados de jogos, em sua maioria de combate, e três simuladores plenos: o de um helicóptero AH-64 Apache Longbow, o de um Humvee armado e o de um helicóptero Black Hawk com carabinas de assalto M4. Para aqueles que desejarem aprofundar a experiência, o centro conta com 22 recrutadores. Mas para quem prefere mesmo o combate corpo-a-corpo, a recomendação continua a ser as lojas de ponta de estoque.
O fliperama, inaugurado em agosto, é o primeiro desse tipo. Substitui as cinco estações de recrutamento de menor porte que existiam na área da Filadélfia, com um custo operacional anual equivalente, se excluídas as despesas iniciais, de acordo com o major Larry Dillard, gerente do programa. A Filadélfia vem sendo uma área especialmente difícil para o recrutamento.
No ano fiscal encerrado em outubro, o exército recrutou 80.517 pessoas para suas unidades ativas, superando ligeiramente a meta anual de 80 mil, ainda que nos últimos anos a meta de obter pelo menos 90% dos recrutas entre pessoas formadas no segundo grau não esteja sendo atingida.
Nos últimos anos, o exército experimentou diversas maneiras de promover recrutamento, entre as quais videogames para uso doméstico, promoções de marketing direto, presença maior na internet e vídeos de recrutamento com canções pop. Em 2007, o exército passou a oferecer bonificações de US$ 2 mil a militares reformados que encontrem recrutas para a corporação. Os libertários que combatem a presença excessiva das forças armadas criticaram os esforços do Pentágono para atrair estudantes de segundo grau.
Mas embora o recrutamento continue forte em áreas rurais nas quais existem bases militares, o desempenho é fraco em cidades como a Filadélfia, disse Dillard. "A questão é como levarmos nossa história aos centros urbanos onde a maior parte da população vive mas nossa presença não é muito forte", ele disse, acrescentando que o centro não recrutava ninguém com menos de 17 anos.
Em uma tarde recente, cerca de uma dúzia de possíveis recrutas deixaram de lado as liquidações ruidosas do shopping center e optaram por jogar videogames gratuitos, como Madden Football e Rainbow Six Vegas.
Mikel Smith, 19, e Jovan McCreary, 21, estavam sentados diante de máquinas Alienware e manobravam os combatentes antiterrorismo do Rainbow Six, vestidos em uniformes de camuflagem, por uma série de cassinos sob ataque terrorista. Tiros estrondavam na tela; o som em seus fones de ouvido era alto.
"Nós só estamos aqui para jogar videogames", disse Smith, que declarou não estar pensando em se alistar. Na mesa de alistamento, onde os visitantes preenchem uma ficha e recebem um cartão de identificação fotográfico com código de barras, ele indicou que não queria ser contactado por um recrutador.
Ao lado de Smith, McCreary estava curvado em sua cadeira negra. "Tenho o mesmo jogo em casa, mas o equipamento é melhor aqui", disse. Ele tampouco estava interessado nos demais propósitos do Army Experience Center. "Vamos fazer faculdade no ano que vem", ele disse. O primeiro-sargento Randy Jennings, que cuidava do centro naquele dia, disse que o objetivo da lista era não só promover recrutamento como informar os jovens sobre o exército, em uma região na qual não existe muito contato com os militares. A maior parte dos recrutas vive nas imediações de bases militares em regiões rurais.
Caso o programa seja considerado um sucesso, o exército poderia reproduzi-lo em outras cidades.
"Queremos colocar pessoas no exército, mas essa é a nossa terceira prioridade, digamos", disse Jennings, apontando para um quiosque que apresenta descrições sobre 179 trabalhos diferentes oferecidos pelo exército, incluindo salários e benefícios. "A maioria das pessoas acredita que entrar para o exército signifique servir na infantaria, e que servir no Iraque significa morrer. Tentamos mostrar a elas que o exército envolve mais que portar armas. Se as pessoas nos procuram, são informadas sobre isso e decidem não se alistar ainda assim, tudo bem".
A maioria dos funcionários - civis e militares - estava vestida de modo casual. Não havia um esforço conspícuo de promoção do alistamento. As conversas com recrutadores podem acontecer em salas adjacentes ou na área de repouso central, equipada com cadeiras de couro confortáveis e uma trilha sonora à base de Jane's Addiction e Red Hot Chili Peppers. Mas na tarde em questão, só os videogames e simuladores estavam ativos.
Os três simuladores envolvem a execução de missões de apoio à distribuição de assistência humanitária no Afeganistão ou no Iraque. Ao contrário do que acontece nos videogames comerciais, os participantes não são alvo de tiros.
Fonte:http://tecnologia.terra.com.br/interna/0,,OI3430023-EI4801,00-Exercito+dos+EUA+usa+fliperama+de+US+mi+para+atrair+jovens.html
* Mais uma campanha de marketing dos americanos, para atrair adolescentes ingênuos, que pensam que um fliperama ou um vídeo game seja apenas uma brincadeira, um jogo, uma distração. Não é!
Esses jogos são usados como mensagem subliminar para atrair jovens incautos, impregnados pela violência dos mesmos. Com isso o exército americano consegue recrutar mais pessoas para o seu quadro e consequentemente conseguir mais verbas para as suas ações violentas, dessa maneira propagadas.
Enquanto isso na África...

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